13 de agosto de 2009

Herrenchiemsee - O Sonho de um Megalómano

Se tiver um palácio, uma ilha, um sonho de um megalómano, o objectivo de superar Versalhes e quiser atingir a perfeição o resultado dará pelo nome de Herrenchiemsee. Localizado ilha de Herreninsel, no maior lago da Baviera, o Chiemsee, o palácio Herrenchiemsee deslumbra-nos os sentidos. É verdade que Luís II levou a Baviera, um estado sempre bem abastado, à bancarrota, com o seu «vício» de construir palácios, castelos ou encomendar obras a Wagner. Mas quanto a Baviera já recebeu em turismo pela loucura do seu Rei? Costumo dizer que a diferença entre um lunático e um visionário é temporal. Hoje em dia todos o consideram um visionário ao enriquecer a cultura alemã com as obras de Wagner ou o impulso sem precedentes que as suas visões/alucinações deram ao turismo bávaro.


A melhor forma de se chegar a Herremchimsee inclui uma viagem de comboio de Munique, que dura cerca de uma hora (ou quem estiver de visita a Salzburgo, pode fazer o trajecto inverso, com a mesma duração, uma vez que a linha é a que une Munique e Salzurgo) até Prien am Chiemsee. Aí chegado, deverá apanhar um daqueles comboios turísticos, que saem de quinze em quinze minutos para a doca Prien/Stock e de lá apanhar um ferryboat para a ilha. Durante a viagem de barco, um dos passatempos preferidos dos viajantes é procurar a tal avenida em relva, ladeada de árvores, em busca do primeiro contacto visual com o palácio. Depois do desembarque, temos de escolher entre uma caminha pelas veredas dos jardins imensos de Herreninsel ou alugar um coche e fazer o trajecto mais rapidamente.

Mas vamos ao palácio. Numa palavra, sumptuoso. Pelo aspecto exterior, pelos jardins amplos, por aquela avenida imensa que o liga ao lago, pelo interior imponente. A fachada tem o aspecto de Versalhes, sendo esse o seu propósito inicial – fazer uma réplica do «irmão» francês. Os jardins estão adornados por lagos de recorte clássico e estátuas gregas. No interior, a Galeria os Espelhos é o luxo total (ver aqui fotografia panorâmica). Ladeada pela Sala da guerra, no lado direito, e pela Sala da Paz, na esquerda, tem mais de 98 metros de comprimento, cheio de candelabros com pés em ouro, cristais da Boémia, lustres em porcelana Meissen, sendo que um deles é o mais pesado do mundo com cerca de meia tonelada, e o tecto está pintado com vinte e cinco frescos representando Luis XIV, o rei francês que mandou construir Versalhes. Outra divisão imponente é a Escadaria dos Embaixadores, com as suas pedras ornamentais e madeiras exóticas. Mas tanto gasto, culminaria com a ruína e existe uma segunda escadaria dos Embaixadores que está em…tijolo.



Por tudo isto, e muito mais, Herremchimsee é daqueles sítios que nenhuma foto pode demonstrar o quão deslumbrante é. A predilecção de quem escreve isto vai para o desenho dos jardins e para a avenida que o liga ao lago. Mas visitar Herremchimsee é acima de tudo, uma viagem pelo sonho de um Rei que, embora megalómano, tinha muito bom gosto.





Nota: por ser proibido fotografar dentro do palácio, as imagens apresentadas do interior foram retiradas da Wikipedia. Todas as outras são da nossa autoria.

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10 de agosto de 2009

Viktualienmarkt - mercado de Munique










O Viktualienmarkt fica no centro de Munique. Realiza-se há mais de 200 anos, todos os dias e é quase impossível não se encontrar o que se procura em produtos agrícolas (frutas, enchidos, queijos, especiarias, os bons vinhos, e tudo aquilo que uma boa mesa pode precisar). Não se encontram apenas produtos tipicamente bávaros, ou alemães, mas também existem locais com vendedores latinos, orientais, asiáticos, que transformam o sítio num autêntico mercado global. Para além das comidas, existem tendas dedicadas ao artesanato local.

Como estamos em Munique, sugerimos ao viajante uma visita ao local e, depois, nada melhor do que ir a um típico jardim da cerveja que se encontra colado ao mercado comer uma Weisswurst (salsicha branca), acompanhada de uma litrada de cerveja de trigo (Weissbier) para recuperar forças.

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4 de agosto de 2009

Castelos Neuschwanstein e Linderhof

A Baviera, em alemão Bayern, é talvez o Estado Federal da Alemanha que mais nos deslumbra pela sua paisagem carregada de verde. Isto resulta do clima húmido, não dado a altas temperaturas.


A nossa viagem de hoje é na direcção de Zugspitze, nos Alpes Bávaros, o ponto mais alto da Baviera e da Alemanha, com perto de 3 000 metros de altitude. Vamos nessa direcção, contudo o nosso destino não é esse mas sim, primeiro Ettal, e depois Fussen, duas vilas que nos reservam cenários de contos de fadas. Falaremos de Zugspitze mais tarde.

Em Ettal fomos encontrar o castelo Linderhof, num sítio abrigado pelos montes e as árvores densas. Um pequeno castelo mandado construir por um rei excêntrico e louco.


Estamos a falar do rei Ludwig II e foi a sua loucura que tornou possível o maravilhamento de milhões de visitantes. A ela se deve a construção de castelos e palácios em diversos pontos da Baviera. Ludwig II nasceu em 1845 e morreu de forma misteriosa, em 1886. Seu corpo foi encontrado no lago Starnberg.

Linderhof é o seu pequeno castelo, pequeno mas precioso. O seu interior tem revestimentos a ouro, candelabros de marfim, porcelanas, quadros e outras peças valiosas. É tentador gravar as imagens em fotografia, mas, regra geral, não é permitido aos visitantes utilizar a máquina no interior destes locais.


Os jardins exteriores são harmoniosos e sobem pelos montes circundantes. Numa zona mais elevada, depois de percorrer um carreiro longo, encontramos uma pedra que veda a entrada de uma gruta artificial, a gruta de Vénus, revestida com estalactites e onde há um lago. É necessário um bilhete específico para a visita a esta gruta.


Depois de explorarmos a beleza deste local, seguimos a viagem até Fussen, uma vila no sopé de uma montanha. Aqui encontramos lojas de recordações, restaurantes e sítios para dormir. Chama-nos a atenção as carruagens puxadas a cavalo que se metem a caminho, por uma estrada estreita e íngreme, montanha a cima. Para além das carruagens também se vislumbra o frenesim de caminhantes a fazerem-se à estrada.


Mas o que mais releva nesta aventura não é a viagem. Seja sentados pulando ao ritmo do trote dos cavalos ou a pé ofegando em resultado do esforço físico, o fim é só um: a descoberta de um surpreendente castelo que se encontra no pico, o Neuschwantein.


É surpreendente pela construção estilo idade média, recheada de novidades tecnológicas para a época, onde se incluíam telefone, elevador ou aquecimento central, ressalvando, obviamente, o significado que se podem atribuir a esses conceitos numa construção do século XIX
É surpreendente pela sua localização. Pensamos: como foi possível em meados do séc. XIX construir este Castelo neste cume? Que engenharia utilizaram para transportar o diverso material? Ou para alicerçarem o edifício neste sítio estreito e irregular?


Depois da visita ao interior, muito diferente do castelo de Linderhof, não tão exuberante nos dourados, mais sóbrio e fascinante , valerá a pena percorrer um caminho por entre árvores densas até uma ponte construída no mesmo século. Dessa ponte avista-se, de um lado, um lago e o castelo onde Ludwig II passou a infância, o Hohenschwangau, e do outro, o Castelo Neuschwanstein.


A viagem a estes dois castelos poderá ser feita a partir de uma marcação no posto de turismo junto á estação principal de comboios, a hauptbahnhof. Aqui, adquire-se a viagem de autocarro e os bilhetes para ingressar nos dois castelos por cerca de 50 €.

Ou então, opte por viajar por conta própria pela romantic road , a estrada que nos pode levar até estes lugares mágicos.

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