15 de novembro de 2010

Coba

A maior atracção da província de Lucatã, no México, onde nos encontramos, é a história e o legado da civilização Maia, povo que habitou também Honduras, Guatemala e El Salvador.








A civilização Maia já não existe. Desapareceu por volta do séc. IX, sem que alguém possa dizer o porquê do seu desaparecimento. Mas os seus descendentes, nesta região, são cerca de 6 milhões e nós já sabemos como os reconhecer.



Num dos dias da nossa viagem propusemo-nos a visitar uma das muitas cidades ruína embrenhadas na selva. A paisagem é fascinante: é plana, não há serras, montes, planaltos ou algo similar; e arvorada densamente, mas não tão densa e tão alta como uma floresta verdadeiramente tropical.

Nesta visita fomos acompanhados por um guia excepcional. Gostamos imenso da companhia do Fernando. Um senhor na casa dos 40, de origem Maia, pele escura, nariz e testa achatados. O Fernando é uma pessoa extrovertida e brincalhona. Já o Patrício, um outro guia que nos acompanhou na seguinte visita, esta a Chichen Itza, e de quem ficamos igualmente fás, é uma pessoa reservada com muita sensibilidade no que diz respeito aos temas de civilização Maia e que nos tratava pelo nosso nome. Gostamos imenso de os ouvir contar as histórias deste povo ao ritmo das ruínas das cidades. Deram vida às pedras e de certa maneira transportaram-nos para a civilização Maia.

Vamos então ao nosso destino de hoje, a cidade Maia chamada Cobá que fica a cerca de 170 km de Cancun. A civilização Maia agrupava-se em centros urbanos independentes e muitas vezes rivais, como é o caso de Cobá, cidade que disputava poder comercial com Chichen Itza, a cidade Maia mais famosa nos dias de hoje. Todas as cidades têm uma arquitectura idêntica, apresentando, entre outras construções, uma pirâmide e um campo da Pelota (campo da bola).

O campo da pelota tem muita importância nas cidades Maias e iremos visitar um outro do qual traremos histórias surpreendentes sobre o seu jogo de eleição. Quanto às pirâmides, se no Egipto antigo as pirâmides eram destinadas a servir de túmulo, na civilização Maia as pirâmides eram destinadas à observação astronómica e eram reservadas aos sacerdotes, que subiam ao seu topo através das escadas exteriores, mas só depois de estarem purificados.

Hoje, como os sacerdotes Maias de outros tempos, mas dispensando os rituais de purificação, nós também vamos subir os cerca de 120 degraus íngremes da pirâmide chamada de Nochuc Mul, a mais alta da província de Yucatan, a uma das poucas onde é possível aceder às escadas.

Desde a entrada na cidade de Cobá até chegarmos à pirâmide percorremos a pé (mas existem bicicletas para alugar) cerca de 4 km, por entre trilhos, ruínas e histórias ancestrais. Por fim, no topo da pirâmide e depois de contrariar algum indício de vertigens, rendemo-nos à magnífica paisagem que se alcança. Para entender a amplitude da paisagem ficam as fotografias…



Nota: Para fazerem esta e outras viagens podem alugar um carro ou adquirir uma viagem em excursão. Neste último caso, podem adquirir o bilhete junto do hotel onde estão instalados, de forma mais cómoda e com acompanhamento e informação no processo de escolha e guia da operadora de turismo associada ao hotel, ou optar por adquirir por exemplo, na Playa de Cármen, na rua, a metade do preço.




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